quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Corpo na Contemporaneidade



        “A referência central do corpo contemporâneo é o corpo magro, leve, flexível e, ao mesmo tempo, rígido. Tal referência está submersa em um cenário no qual se encontram diferentes modalidades corporais: o corpo obeso, desnutrido, anoréxico e magro, musculoso, deformado, esculturado. Confronta-se também com os corpos femininos e os corpos masculinos, corpos negros e corpos brancos, corpos pobres e corpos ricos, jovens, adultos e envelhecidos, baixos e altos, dentre outras subdivisões. Trazemos no corpo todas as nossas marcas sociais identitárias (...)

        O corpo é também o marketing de si mesmo. É na sua aparência, tonicidade, juventude e magreza que revelamos quem somos, a chave do sucesso, mas também do fracasso. Desse modo, a obesidade se apresenta como uma não conformação anatômica e funcional para o mundo contemporâneo. A estigma da obesidade, hoje classificada como uma patologia multifatorial como também preditora de múltiplas outras doenças, cada vez mais se acentua. Tomam contornos de uma espécie de monstro moderno, uma deformidade física (e também moral) não sendo mais tolerado socialmente. Contudo, resta saber como e porquê os valores associados ao corpo gordo são diferentes de uma cultura para outra e modificam no tempo no interior de uma mesma cultura”.




** Fotos copiadas do site do fotografo Matt Blum - The Nu Project [ Série de nus de mulheres "normais", no qual há modelos de todo o mundo com maquiagem mínima e sem glamour. O foco do projeto tem sido os sujeitos e suas personalidades, espaços, inseguranças e manias. 

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