"Os trabalhos que demonstram que ficar em jejum
por tempos prolongados pode levar à obesidade são cada vez mais comuns. Um
recentemente publicado mostra que a grelina (na forma
acetilada ou desacetilada), hormônio produzido no estômago vazio e já bem
conhecido pela sua capacidade de aumentar o apetite, foi capaz de aumentar
também as enzimas envolvidas na lipogênese (formação de gordura), como acetilCoa
carboxilase, ácido graxos sintase e citrato liase. Além disso, enzima que
hidroliza triglicerídios e coloca para o interior da célula adiposa,
lipoproteína lipase, também aumentou. E um aspecto fundamental: aumento da
gordura visceral, que leva à problemas cardiovasculares, diferente da gordura
subcutânea, que apresenta mais alterações estéticas.
A conclusão
importante é que novamente temos um reforço na literatura para confirmar a
necessidade de se fracionar a dieta e comer várias vezes ao dia, de 3 em 3 horas
e casos mais graves de 2 em 2 horas".
(Nutricionista Henrique Freire Soares)
Marlu,
ResponderExcluirO texto escolhido é de uma utilidade significativa para o estudo da obesidade. Nós lidamos com esse problema diariamente em nossa rotina de trabalho, já que a dificuldade no sono e jejuns prolongados são duas características do dia-dia do obeso.
É evidente na literatura a associação entre as 2 características, pela alteração entre os níveis de ghrenina e leptina com aumento do primeiro e redução do segundo. Isso tende a aumentar a fome e reduzir o consumo energético assim reduzindo o balanço energético total do individuo.
Em minha prática, observo que as características também provocam alterações comportamentais, tais como o cansaço (diminuindo o nível de atividade e taxa do metabolismo basal), alterações de humor e aumento da probabilidade de compulsão e consequente aumento da ingestão alimentar, principalmente a noite. Estudos apontam que esses indivíduos acabam optando por nutrientes que continham alta quantidade de carboidratos, incluindo doces, biscoitos salgados.
Ou seja, um tempo adequado de sono parece ser essencial para a manutenção do estado nutricional e deve ser estimulado por todos os profissionais da saúde.